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O Tempo Intuitivo em E. Husserl nas leituras de P. Ricoeur

Paul Ricoeur (1913–2005), um dos principais filósofos franceses da segunda metade do século XX

Existem alguns limites que devem ser reconhecidos. Pois com o limite e um critério nos tomamos na postura de ir ao encontro dos objetos, das coisas, dos conteúdos e das ideias, com as questões pontualmente lançadas. Assim delimitamos o percurso a ser traçado, e podemos nos colocar de um modo mais adequado à possibilidade de compreensão do mundo. Com os olhares voltados aqui sobre uma parte de texto. Me limitarei à tarefa de desdobrar esse texto, encontrando junto a ele o seu sentido. No seu horizonte e em suas margens. Deste modo o que ofereço aos ouvintes é apenas uma modesta apresentação, mas nem por isso menos criteriosa, como: na própria exposição desenvolvida pelo filósofo francês Paul Ricoeur, sobre o aparecer do tempo em Husserl.

Mas permitam-me uma pequena digressão antes de começar o nosso estudo. Sem grandes pretensões, que se enquadra aqui como uma justificativa, como um porquê dessa escolha. Pois nunca é demais ressaltar que questionar-se sobre o ser do Tempo é um desconforto que exigiu, exige e exigirá do humano outra postura em relação à possibilidade de conhecimento das coisas.. Reconhecemos isso ao visualizar a sua extensão, a sua transformação, nas ideias dos mais proeminentes pensadores da tradição filosófica ocidental. E é também a sua implicação na vida parte fundamental dos mitos e ritos das religiões das ciências — filosofias.

Agora, detenho-me por hora com essas questões em mente. Direcionado a elas. E é oportunamente que aqui neste estudo irei me ocupar da primeira sessão do segundo capítulo da obra Tempo e Narrativa, que compõe no terceiro tomo a sua quarta parte denominada “O Tempo Narrado”. Intitulado “1- O aparecer do tempo: as “Lições” de Husserl sobre a consciência interna do tempo”. É a partir desta sessão que Ricouer escolherá “interrogar Husserl- sobre sua ambição maior de sua fenomenologia da consciência interna do tempo, que é a de fazer aparecer o próprio tempo por meio do método apropriado e livrar a fenomenologia de toda aporia” p.37. Em outros termos o filosofo francês se dedica a expor o método crítico da redução fenomenológica sobre a estrutura do tempo, que aspiram com essas reduções um nível positivo e apodítico de depuração capaz de realizar uma fenomenologia pura. Assim é destacado logo ao início do texto das lições seus dois primeiros parágrafos que tem como parte desta ambição maior submeter o aparecer do tempo a uma “descrição direta”.

Sabemos que parte do método fenomenológico consiste, em linhas gerais, na époque, isto é, uma suspensão de juízo sobre a posição de existência das coisas. Operação que permite distinguir o fundo dos objetos transcendentes de uma autêntica imanência do aparecer dos objetos à consciência, como um critério de evidência, como condição ao conhecimento. O deslocamento se deverá dirigir a atenção e os esforços de fundamentação de uma filosofia fenomenológica. E é este “colocar fora de circuito (Ausschaltung)” p.38, acirrado em sua aplicação sobre os objetos temporais, revelaria a presença da “consciência do tempo”, que deverá ser compreendida como nada mais que uma consciência “interna (inneres)” p.38.

Ricoeur por sua vez será taxativo ao introduzir o seu estudo sobre as lições de Husserl, indicando que é sobre este único adjetivo, apontando a interioridade da consciência do tempo, que se conjugaria a “descoberta e a aporia” de toda a fenomenologia da consciência do tempo. Para esclarecer a razão do seu posicionamento é necessário se valer de suas próprias palavras:

“É função da colocação fora de circuito do tempo objetivo produziu essa consciência interna, que seria, a título imediato, uma consciência tempo (a língua alemã exprime perfeitamente, por meio de um substantivo composto- Zeitbewusstsein-, a ausência de intervalo entre consciência e tempo).”

É a partir de então que- neste modo de deslocar o olhar para a imanência do objeto à consciência, lançado por meio do método fenomenológico- Ricoeur irá se deparar -na progressão da sua investigação- com a possibilidade auferida por Husserl de excluir o tempo do mundo do “campo de aparecimento”. Isto é, puramente o tempo da sucessão dos objetos transcendentes sob o título de tempo objetivo. Há de se considerar que Husserl adere ao vocabulário Kantiano. Em que tal tempo objetivo é uma pressuposição necessária a toda a determinação dos objetos existentes. Contrastando-o por sua vez com o “cerne da psicologia como ciência dos objetos psíquicos” [1] pondo a nu que tais objetos possuem seu tempo e a duração tomados como lapsos e intervalos que “aparecem como tais”.

Husserl não estará disposto a encerrar suas investigações com o breve alcance deste outro olhar. Por essa via constatamos que a Fenomenologia de Husserl é a um só tempo uma postura filosófica e um método de investigação [2]. O deslocamento do olhar, agora retido sobre a imanência dos objetos na consciência, aspira depurá-los progressivamente das circunstancialidades e das contingências que o encerram. Há ainda nesta ocasião, como será observado nas Lições de Husserl, esse resquício desta transcendência derivada desta impressão primeira, a qual pelo seu caráter psicológico recusa-se todo seu testemunho imediato, uma vez que este “tempo da consciência” está longe de totalmente evidente. Não é preciso reafirmar que esse “tempo do curso da consciência” por se mostrar diante de um olhar deslocado sobre a imanência do objeto encontra-se incerto, e não pode de modo algum ser tomado como um datum absoluto. Ao final do primeiro parágrafo da página 39 Ricoeur afirma que esse “imediato não está dado imediatamente; é preciso conquistar o imediato a um alto preço ao preço de suspender “toda pressuposição transcendente que diga respeito aos existentes”” e esclarece em nota tomando o texto das lições segundo Husserl que:

“O que aceitamos não é a existência de um tempo do mundo, a existência de uma duração côisica ou algo semelhante, e sim o tempo aparecente, a duração aparecente como tais.- contínua- Mas estes são dados absolutos, e não teria sentido colocar em dúvida”. Ricoeur aponta em seguida abre aspas “ Segue uma declaração enigmática: “Em seguida, é verdade, admitimos também um tempo que é, mas não é o tempo de um mundo da experiência, é o tempo imanente, do curso da consciência.” Lições, §1. Deixando em aberto a questão, “Será Husserl capaz de pagar esse preço?” [3]

Husserl ao final da terceira seção das Lições… perceberá que haverá aí a exigência de realizar um último nível de radicalização do método de “colocação fora de circuito”. Sendo que ainda assim não será possível deixar de admitir que existia já no início das suas investigações uma relação necessária e “uma certa homonímia entre “o curso da consciência” e o “curso objetivo do tempo do mundo”, da relação estabelecida entre os seus caracteres distintivos dos signos de existência onde coisas e processos são tomados para um efeito-de-sentido. Há portanto nesta homonímia uma multiplicidade ou mais precisamente um continuum do um e do outro. Afirma Ricoeur:

“Na sequência, não cessaremos de encontrar homonímias semelhantes, como se a análise do tempo imanente não pudesse se constituir sem reiterados empréstimos tomados do tempo objetivo colocado fora de circuito”.

O projeto da fenomenologia se apresenta então, como vimos até aqui, não como uma negação do mundo exterior, colocado fora de circuito, ou entre parênteses, pela relação expansiva do método que visa alcançar a presença evidente dos fenômenos puros na consciência transcendental através de sucessivas reduções. Essa consciência perceptivamente coloca-se diante do mundo visado como a presença de um ato intencional, doador de sentido. Ao buscar a essência constituinte desse ato Husserl aparenta lidar já no texto das Investigações Lógicas, mesmo que de forma implícita, com a questão da temporalidade que encerra nas reduções a essência de “objetos inteligíveis dos fenômenos captados numa visão imediata da intuição da essência” [4]. Assim o método é realizado por meio de uma análise descritiva dessas experiências imanentes, onde os objetos inteligíveis são preenchidos de significado. Neste sentido, compreende-se a necessidade de Husserl em buscar realizar uma hilética da consciência.

Ricoeur esclarece na nota 4 do texto, encontrada na página 40: “Por hilética, Husserl entende análise da matéria (hyle)- ou impressão bruta- de um ato intencional, tal como a percepção, abstração feita da forma (morphe) que anima e lhe confere sentido”.

Mas para que essa hilética não seja “fadada ao silêncio”, Husserl reconhecerá a necessidade da inclusão das apreensões do tempo como dados fenomenológicos, nas quais em relação aos seus “datas” as vivências do temporal no sentido objetivo podem efetivamente ser constituídas como aparecentes. É justamente no acesso por via das reduções, que a constituição das apreensões do tempo imanente à consciência tem seu lugar. E é por meio dessas apreensões que é possível sustentar um discurso sobre a hilética, sendo este o nas palavras de Ricoeur “o desafio supremo da fenomenologia da consciência interna do tempo”. Érico Fumero desenvolve com mais precisão essa ideia afirmando que: “A redução portando estabelece a distinção entre a vivência real (psicológica, fundada no tempo objetivo que segue a ordem empírica temporal determinada pela sucessão cronológica, e a vivência pura imanente local ao qual temos acesso à consciência temporal… “relativamente ao problema do tempo isto quer dizer: interessa-nos as vivências do tempo”[5]”[6]

Notas:

[1] A nota busca esclarecer a distinção entre o tempo objetivo da sucessão dos acontecimentos no mundo e a relação entre os objetos psíquicos estabelecendo a sua contiguidade e duração com o tempo da consciência. “ Do ponto de vista objetivo, pode ser que toda vivência, assim como todo ser real e todo momento real do ser, tenha seu lugar no tempo objetivo único e, por conseguinte, também a própria vivência da percepção do tempo e a representação do tempo” “Lições” § 1. –Ricoeur nota 2 da p.39 2010.

[2] FÛMERO. Érico. O tempo intuitivo em Husserl. Da metáfora às aporias da experiências do tempo. In: A Poética do Tempo. São Paulo; Loyola. 2018.

[3] RICOEUR. 1983 v. 3 p.39

[4] FUMERO. Erico. 2018 p.177.

[5] Husserl apud Fumero. Lições… p. 42

[6] Idem. p.179

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